Quais são os transtornos mentais por trás da conduta de perseguição. Parte 02.

 

O que é stalking?

Stalking é um termo em inglês que significa perseguir alguém de forma persistente e indesejada, causando medo, angústia e até violência na vítima. O stalker, ou perseguidor, pode seguir, vigiar, ameaçar ou incomodar a vítima por meio de cartas, presentes, mensagens, ligações, redes sociais ou outros meios de comunicação. Ele pode também invadir a privacidade, a propriedade ou o trabalho da vítima, tentando controlar, manipular ou dominar sua vida.

O stalking é um problema grave que afeta a saúde mental e a segurança das vítimas, podendo levar a transtornos como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e fobia social. Além disso, o stalking pode evoluir para formas mais graves de violência, como agressão física ou sexual, sequestro ou homicídio.

Mas por que algumas pessoas perseguem outras? Quais são as motivações e as características psicológicas dos stalkers? Segundo a literatura psiquiátrica, existem diferentes tipos de stalkers, cada um com seus próprios perfis e transtornos mentais. Alguns dos mais comuns são:

– Stalker delirante: Ele acredita ter uma relação especial ou íntima com a vítima, mesmo que não a conheça ou tenha tido um contato superficial. Ele pode fantasiar que a vítima o ama, o admira ou o odeia, e interpreta sinais inexistentes como provas de sua conexão. Ele pode sofrer de transtorno delirante ou esquizofrenia.

– Stalker de personalidade: Ele tem um padrão de comportamento inflexível e disfuncional, que afeta sua capacidade de se adaptar às normas e expectativas sociais. Ele pode ter um senso exagerado de si, uma baixa empatia, uma tendência à impulsividade e à agressividade, e uma dificuldade de lidar com frustrações e críticas. Ele pode sofrer de transtorno de personalidade narcisista, antissocial, borderline ou histriônico.

– Stalker obsessivo-compulsivo: Ele tem pensamentos intrusivos e repetitivos sobre a vítima, que geram ansiedade e desconforto. Ele sente uma necessidade irresistível de realizar certos comportamentos relacionados à vítima, como segui-la, vigiá-la, contatá-la ou coletar informações sobre ela. Esses comportamentos têm a função de aliviar temporariamente a ansiedade causada pelos pensamentos obsessivos, mas acabam por reforçá-los e perpetuá-los. Ele pode sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo ou dependência afetiva.

Esses são apenas alguns exemplos de stalkers e seus transtornos mentais. É importante ressaltar que nem todas as pessoas, com esses transtornos são stalkers, e nem todas as pessoas que são stalkers têm esses transtornos. O stalking é um fenômeno complexo e multifatorial, que depende de diversos aspectos individuais e contextuais. Por isso, é fundamental buscar ajuda profissional tanto para as vítimas quanto para os stalkers, a fim de prevenir danos maiores e promover a saúde mental de todos.

Como posso me proteger do stalking?

Staking é um termo em inglês que significa perseguir alguém de forma persistente e indesejada, causando medo, angústia e até violência na vítima. O stalker, ou perseguidor, pode seguir, vigiar, ameaçar ou incomodar a vítima por meio de cartas, presentes, mensagens, ligações, redes sociais ou outros meios de comunicação. Ele pode também invadir a privacidade, a propriedade ou o trabalho da vítima, tentando controlar, manipular ou dominar sua vida.

Se você está sofrendo de stalking, saiba que você não está sozinho e que existem formas de se proteger e de buscar ajuda. Aqui estão algumas dicas de como lidar com essa situação:

– Não se culpe: O stalking não é sua culpa. Você não fez nada para provocar ou merecer esse comportamento. O stalker é o único responsável por suas ações e precisa ser responsabilizado por elas.

– Não se isole: O stalker pode tentar afastar você de seus amigos, familiares ou colegas de trabalho, para que você se sinta sozinho e vulnerável. Não deixe que ele consiga isso. Mantenha contato com as pessoas que você confia e que podem te apoiar e te proteger.

– Não se comunique: O stalker pode tentar entrar em contato com você de diversas formas, para tentar persuadir, intimidar ou ameaçar você. Não responda às suas tentativas de comunicação, nem mesmo para dizer para ele parar. Qualquer tipo de resposta pode ser interpretada como um incentivo ou uma reação pelo stalker, e pode aumentar sua obsessão e seu risco.

– Documente tudo: guarde todas as evidências do stalking, como cartas, presentes, mensagens, ligações, fotos, vídeos ou testemunhas. Anote as datas, os horários e os locais dos incidentes. Essas informações podem ser úteis para denunciar o stalker à polícia ou à justiça.

– Denuncie o stalker: não tenha medo ou vergonha de denunciar o stalker às autoridades competentes. O stalking é um crime e precisa ser tratado como tal. Você tem o direito de viver em paz e segurança, e a lei está do seu lado. Procure uma delegacia de polícia ou um órgão especializado em violência doméstica, ou contra a mulher, e faça um boletim de ocorrência. Você pode também solicitar uma medida protetiva de urgência, que proíbe o stalker de se aproximar ou de se comunicar com você.

 Busque ajuda profissional: O stalking pode afetar sua saúde física e mental, causando estresse, ansiedade, depressão e outros problemas. Não hesite em procurar ajuda de um médico ou de um psicólogo, que podem te orientar e te tratar adequadamente. Você também pode participar de grupos de apoio ou de terapia, onde você pode compartilhar suas experiências e receber o suporte de outras pessoas que passaram pela mesma situação.

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