Neurociência x Neuroeducação

Neurociência é o campo científico que investiga o sistema nervoso, incluindo o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos. Ela é uma área interdisciplinar que se relaciona com várias disciplinas, como biologia, medicina, química, matemática, linguística, psicologia, engenharia, física e ciência da computação.

Por outro lado, a Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina neurociência, psicologia e educação para decifrar processos cognitivos e emocionais que originam melhores métodos de ensino e currículos. Ela é uma grande promessa no mercado educacional! O conceito-chave da neuroeducação é o respeito à individualidade do aluno — cada um aprende de uma maneira única e isso deve ser valorizado.

As semelhanças entre neurociência e neuroeducação incluem:

  • Ambas se concentram no funcionamento do sistema nervoso central.
  • Ambas fornecem subsídios teóricos para a ação docente, uma vez que a compreensão de como o cérebro funciona permite um melhor entendimento da aprendizagem e o consequente aprimoramento da transposição didática.
  • Ambas buscam promover aprendizagens ainda mais significativas aos estudantes.

Os campos de atuação da neurociência incluem neurociência afetiva, neurociência comportamental e cognitiva, neurociência computacional, neurociência cultural, neurociência celular e molecular, neurociência do desenvolvimento, neuroengenharia, neuroimagem, neurofisiologia, neuroetologia e neuropedagogia.

A neuroeducação, por sua vez, tem um impacto significativo na sala de aula. Ela ajuda os educadores a trazerem criatividade, inovação e aulas mais inclusivas para a sala de aula. Além disso, é essencial que o professor considere a especificidade de cada aluno.

Em resumo, a neurociência é o estudo do sistema nervoso, incluindo o cérebro, a medula espinhal e os nervos. A neuroeducação é a aplicação dos conhecimentos da neurociência para a área da educação, visando melhorar os processos de ensino e aprendizagem.

Neurociência e a Neuroeducação podem contribuir para a educação de várias maneiras, tais como:

  • Ajudar a entender como o cérebro aprende, memoriza, processa e utiliza as informações, além de identificar os fatores que influenciam essas funções cognitivas.
  • Identificar as diferenças individuais dos alunos, como os estilos de aprendizagem, as inteligências múltiplas, as habilidades, as dificuldades e as potencialidades.
  • Desenvolver estratégias pedagógicas que sejam adequadas ao funcionamento cerebral dos alunos, respeitando o seu ritmo, o seu interesse e a sua motivação.
  • Promover a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e se modificar em resposta às experiências e aos estímulos ambientais.
  • Estimular o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como a autoestima, a autoconfiança, a empatia, a cooperação, a criatividade e o pensamento crítico.
  • Prevenir e intervir em casos de transtornos ou dificuldades de aprendizagem, como a dislexia, a discalculia, o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o autismo, entre outros.
  • Avaliar os resultados das intervenções educacionais, utilizando técnicas e instrumentos que possam medir as mudanças cerebrais dos alunos.

A Neurociência e a Neuroeducação são áreas em constante evolução que oferecem muitas possibilidades para a educação. Por isso, é importante que os educadores se atualizem e se capacitem para utilizar esses conhecimentos em benefício dos seus alunos e da sua própria prática pedagógica.

Vou apresentar alguns tipos de atividades que podem ser utilizadas com base na neurociência, tanto para estimular o desenvolvimento cognitivo e emocional, quanto para prevenir ou tratar problemas neurológicos, ou psicológicos.

  • Jogos cognitivos: são atividades lúdicas que envolvem raciocínio, memória, atenção, linguagem, criatividade e outras habilidades mentais. Os jogos cognitivos podem ser feitos em diferentes formatos, como aplicativos, jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, palavras-cruzadas, etc. Esses jogos ajudam a exercitar o cérebro, aumentar a plasticidade neural, prevenir o declínio cognitivo e melhorar o humor e a autoestima.
  • Meditação: é uma prática milenar que consiste em focar a atenção no presente, na respiração ou em um objeto específico, buscando acalmar a mente e reduzir o estresse. A meditação tem diversos benefícios comprovados pela neurociência, como aumentar a espessura do córtex cerebral, melhorar a regulação emocional, fortalecer o sistema imunológico, diminuir a ansiedade e a depressão e promover a felicidade e a compaixão.
  • Música: é uma forma de arte que envolve sons organizados de forma harmoniosa e expressiva. A música tem um grande impacto no cérebro humano, ativando diversas áreas relacionadas à emoção, à memória, à linguagem e à motricidade. A música pode ser usada para estimular o aprendizado, a criatividade, a comunicação, a coordenação motora, a socialização e o bem-estar. Além disso, a música pode auxiliar no tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson, autismo e afasia.
  • Exercício físico: é qualquer atividade que envolve movimento corporal e gasto de energia. O exercício físico é essencial para manter a saúde física e mental, pois melhora o funcionamento do sistema cardiovascular, respiratório, muscular e ósseo. Além disso, o exercício físico libera substâncias químicas no cérebro que melhoram o humor, a memória, a atenção, a concentração e a autoconfiança. O exercício físico também previne ou atenua os sintomas de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e depressão.
  • Leitura: é uma atividade que envolve decodificar símbolos escritos e compreender seu significado. A leitura é uma das formas mais eficazes de estimular o cérebro humano, pois envolve diversas habilidades cognitivas como percepção visual, processamento auditivo, linguagem oral e escrita, raciocínio lógico e abstrato e imaginação. A leitura também amplia o conhecimento geral, o vocabulário, a cultura e a visão de mundo. A leitura pode ser feita em diferentes formatos, como livros impressos ou digitais e revistas.

A neurociência e a neuroeducação são áreas em constante evolução que oferecem muitas possibilidades para a educação. Por isso, é importante que os educadores se atualizem e se capacitem para utilizar esses conhecimentos em benefício dos seus alunos e da sua própria prática pedagógica.

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