A crítica do conhecimento torna um processo desafiador, deslumbrar a complexidade que envoltas estes fenômenos se tornará exigente, e as análises do oculto e a vivência cognitiva tem uma intenção, visa compreender algo atrelado a consciência constituída a compreender algo, explicá-lo e analisá-lo, é sempre consciência de algo direcionada ao objeto. Para Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, a consciência referi-se as experiências do sujeito que a pessoa percebe incluindo as suas lembranças e ações individuais, ela funciona de modo realista conforme a regra do tempo e espaço, somos conscientes de tudo que vivemos, realizamos e enxergamos e escravos nesses processos.
Para entender esse conhecimento não será tolerado a obscuridade, incerteza, nada que seja enigmático; é preciso clareza, transparência.
Assim pensa Descartes
“Questionar, duvidar de tudo que possa ser considerada a certeza imediata, até mesmo daquelas convicções inabaláveis e por esse caminho de tudo duvidar. Descartes transcendentaliza o sujeito porque é o sujeito que dúvida se torna fonte segura e primária do conhecimento” ao tentar analisar o objeto de estudo precisa-se entender que conhecimento e objeto não seja as mesmas coisas que um tentará explicar o outro, mas este objeto poderá estar ainda oculto mesmo que o conhecimento seja aplicado e surgido uma explicação.
O objeto é a nossa fonte de pesquisa, estudo e o conhecimento é o fator resultante de análise que investigará o objeto, irá reduzi-lo em parte e compreender o todo e não solucionará plenamente este objeto. “Poque jamais pode resolver a questão de se é possível um conhecimento transcendente, um conhecimento que ultrapasse o objeto e o sujeito” diz
Hursserl. (SCHURING e SÁ ROCHA) apud HURSSERL, 1992, p.26)
Esse fator fenomenológico da obscuridade do objeto está intrínseco no enigma que envolve a sua essência e está oculto, pois, não há possibilidade que este conhecimento mais complexo que seja, fazer-se a possível ultrapassar o objeto, mesmo porque esta nos tornam escravos da sua essência, em palavras simplórias não tem como exemplificar qualquer objeto na sua magnitude plena, é o mesmo que dizer que não poderemos deter o conhecimento na sua totalidade de qualquer objeto, não há seres humanos que chegue e alcance ao entendimento completo de algo, mesmo que o conhecimento seja temporal, há sempre uma possibilidade a ser investigada.
A partir dessas conjeturas a psicanálise faz-nos trouxe-se possível sentir mais profundamente as dores da carne, da angústia, da tortura, esses sentimentos que podem ser traduzidos para uma nova linguagem traduzível, analisável, ouvida e compreendida, estas aspirações tornaram a psicanálise essencial para a compreensão e entendimentos da psique humana. A partir dessas trocas de experiências intelectuais que a partir dessas reverberações podemos dizer estar consolidadas a psicanálise e teriam alguns seguidores que darão continuidade ao legado do Freud. Apesar de não ter reconhecimento da comunidade científica, ela tornou importante para a prática para muitas áreas além da psicologia.
A técnica psicanalítica diz ao paciente que ele se escute, fale tudo que seja possível lembrar naquele momento, mesmo que não lembre de algo que lhe incomode, é importante que fale. O mal-entendido que por falta de compreensão da técnica é acreditar que analista não faz nada, ele estar-te analisando, mas não pode interferir durante a sessão e 50 minutos, pela simples razão: você que analisa precisa falar, não espere que o analista vá dizer muita coisa durante uma terapia porque quem traz questões do inconsciente é o analisado e este método ficou conhecido por catártico, pelo simples motivo que a cura vem através da palavra, ou fala.
A psicanálise autora não se restrita a área da psicologia, está aberta para outras áreas afins, ela tramita a história, cultura, a neurociência, neurologia, a formação do pensamento crítico, sociológico e filosófico, a própria psicanálise nasce de interpretações da própria filosofia do Nietzsche e outros intelectuais, apesar de Carl Gustav Jung ser seu seguidor d o Freud desenvolveu e abrangeu o pensamento do seu mestre, tratava a suas instâncias com maestria apesar do desligamento, o respeito intelectual era reciproco, o próprio Lacan na sua célebre se quiserem ser lacanianos podem ser, mas sou freudiano. A psicanálise continua polêmica como sempre e incompreendida e a cada época torna um incomodo para a sociedade por não a compreendê-la.